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💫 Pontes Imortais ― Prólogo: Temporada 2

Aqueles que desafiam os Imortais

Sejam muitíssimo bem-vindos ao mês do Bunny, vortexianos! Estamos na temporada 2024 do calendário de vocês, que vem acompanhada da temporada 2 de Pontes Imortais! É com extrema satisfação que apresento a vocês esse HINO de capa da nova temporada, com ilustração da nossa querida Robin Toledo, a maga das capas perfeitas!

Na capa de Pontes Imortais 2, as cores mais presentes são o azul e o vermelho. No fundo, temos um efeito que simula o vórtex e, em primeiro plano, 4 personagens reunidos em uma escadaria. À esquerda, no topo da imagem, temos um personagem de cabelos rosa com o rosto apoiado na mão. Descendo as escadas, está um personagem de cabelos castanhos com um crânio de lobo sobre a cabeça. Mais para baixo, um personagem de cabelos pretos e curtos, usando óculos de grau, está encostado na mureta da escada e sorri. Ele tem orelhas como as de um youkai. Em seu ombro está um lagartinho branco. No final da escada, vemos um personagem de cabelos escuros e longos, com tranças. Ele olha para frente com uma expressão séria e segura um arco. Também tem orelhas de um youkai. A tipografia com o título "Pontes Imortais" está em destaque na cor branca, com um contorno que respeita as cores principais da imagem. No topo, o logo do autor Dead Bunny e o número 2, indicando que é o segundo volume.

E agora que vocês já conhecem nossa capa da temporada, declaro aberta a temporada 2! Pra ela, vamos precisar voltar um pouco no tempo. Segura minha patinha que eu prometo que não te solto por nada. Vou te levar bem pro meio do ninho de cobras.

Prólogo: Temporada 2 — Aqueles que desafiam os Imortais

Farkas, dois anos antes da queda de Nivaria

É uma verdade universalmente reconhecida que os melhores diplomatas sĂŁo legitimados por duas coisas: sua influĂŞncia sobre as pessoas e seu poder sobre os ponteiros do relĂłgio. 

KuĂ­ tinha bastante orgulho de dominar com maestria as duas artes; mas a segunda, precisava admitir para si mesmo, era uma pequena trapaça. 

O relógio de bolso preso entre os dedos pálidos era mais uma das relíquias acumuladas com o tempo. A maioria, Kuí guardava em seus aposentos na tenda de sua Ópera mágica. Não aquele. Tivera trabalho demais roubando-o da Mãe para deixá-lo escondido em uma gaveta qualquer.

O relĂłgio era especial. E coisas especiais, KuĂ­ sempre fazia questĂŁo de guardar bem debaixo do prĂłprio nariz. 

— Senhor Instrutor! — A voz de Ravi retumbou pelo corredor do Hall, anunciando-lhe a chegada antes mesmo que sua silhueta pudesse ser vista Ă  distância. O lobo velho ainda tinha um bom faro. — Sempre pontual. 

— Sempre na hora certa, como um reloginho, querido. NĂŁo se esqueça! — KuĂ­ respondeu, escondendo uma risada contra a mĂŁo. 

— Para compensar a dor de cabeça que a maioria dos outros lĂ­deres costuma me dar — o farkasiano resmungou, agora perto o bastante para abarcar KuĂ­ em um abraço. 

— E Ă© por isso que eu sou um diplomata, meu bem. NĂŁo um lĂ­der. 

A risada de Ravi explodiu atĂ© a entrada do Hall, alardeando o pequeno grupo de discĂ­pulos que fazia a segurança do portĂŁo. Os lobos, espalhados pelo pátio de entrada, ergueram as cabeças em uma análise silenciosa atĂ© se decidirem que era um som pacĂ­fico, nĂŁo uma ordem de ataque. 

— Diga que trouxe de novo aquela bebida deliciosa da sua terra e garanto que faço de vocĂŞ um lĂ­der se desejar, meu amigo. 

— Manter minhas amizades Ă© algo em que sou profissional — KuĂ­ garantiu, com um breve sorriso e um gesto indicando a polpuda mala Ă s suas costas. — É claro que trouxe rum vulcânico. Que tipo de diplomata eu seria se falhasse em presenteá-lo? Por favor, me convide para entrar. Estou ansioso para compartilhar uma bebida! 

Ravi nĂŁo demorou em atender aquele pedido. Espantou com um gesto os discĂ­pulos que tinham feito menção de segui-los. Gostava da importância que aquela intimidade com KuĂ­ acabava lhe dando. 

— O salĂŁo de reuniões foi reformado recentemente — Ravi contou, atravessando o pátio principal. Seus passos eram gigantescos e KuĂ­ quase precisou acompanhá-lo com uma corridinha. — Uma beleza, apesar do transtorno que os aruvianos me causaram para conseguir um pedaço de madeira decente. Quando a Ă“pera vai convencer aquela gente a ser mais receptiva, meu amigo? 

— Um passo de cada vez, querido — KuĂ­ cantarolou, envolvendo as mĂŁos no braço de Ravi para gentilmente forçá-lo a andar no seu ritmo. — Diga, como batizou seu novo espaço? 

— SalĂŁo da Grande Mesa — Ravi entoou, orgulhoso. 

Realmente era uma mesa grande, KuĂ­ percebeu. Ocupava o salĂŁo de uma ponta a outra, feita com madeira-sangue: rara em Aruvi, e ainda mais rara fora dela. Silhuetas de lobos tinham sido entalhadas no tampo e tudo tinha aquele cheiro possante que sĂł as coisas novas sĂŁo capazes de ter.

— Ah, querido. TĂŁo intuitivo. O tipo de nome que eu esperava ser dado por um lĂ­der como vocĂŞ. 

Os copos de bebida eram tĂŁo opulentos quanto a mesa, feitos de vidro grosso com o brasĂŁo da famĂ­lia Farkas ocupando uma das laterais. Ravi serviu ele mesmo as duas doses de bebida em meio a sorrisos pelo que julgou um elogio. Já terminava de servir quando KuĂ­ voltou a falar. 

— E seu garoto, meu bem? Seguindo de perto os passos do pai, imagino. 

— Pff — bufou Ravi, fechando a garrafa com força desnecessária. — Hoje acompanhando a mĂŁe numa visita Ă  cidade em vez de receber um diplomata de renome. Parece que tudo que aquele moleque se atenta Ă© o som da mĂşsica vindo de alguma birosca. Sempre metido no meio da bagunça. NĂŁo sei dizer a quem puxou a indisciplina. 

— Certamente não da mãe banjoriana.

Apoiando o rosto contra a mĂŁo, KuĂ­ apreciou em silĂŞncio o espetáculo da careta de Ravi. Banjora era, afinal, a razĂŁo por que tinha sido chamado ali. 

— A situação é tão ruim quanto sua mensagem fez parecer, Ravi? Não tive tempo de verificar com meus próprios olhos antes de vir para cá.

— VocĂŞ sabe que os Imortais tĂŞm uma maneira especial de nos lembrar dos nossos erros. 

O corpo de Ravi caiu pesado sobre a cadeira. O gole que deu na bebida foi mais raiva que prazer, e o rum vulcânico serviu apenas para alimentar o fogo de sua ira. 

— E falando em erros… — Kuí saboreou a palavra, a situação em Banjora sendo deixada para trás como se engolida junto com a bebida. Era assunto para depois. — Soube que os Domadores de Fronteiriços têm uma nova tecnologia para atrair coisas do vórtex?

Os Domadores de Fronteiriços, Ravi pensou e franziu o nariz. Havia pouca coisa sobre os métodos de caça nivarianos que o agradasse. E agora, esse mesmo povo inventava formas de puxar bichos do vórtex com sua preciosa tecnologia?

— Farkas tem sua força, a influência sobre as outras Cidades, bons contatos diplomáticos e acordos pela magia dos demais povos — Ravi enumerou, erguendo um por um os grossos dedos. — Esse papo de tecnologia de caça de nada me interessa.

— E as consequências dela — as irís de Kuí ficaram mais estreitinhas, o sorriso se erguendo, ferino — te interessam?

Que problema foi esse em Banjora? E de que forma a tecnologia de caça nivariana pode ser interessante para o LĂ­der Farkas? Todas respostas complexas que nĂŁo posso prometer pra hoje, mas que vĂŁo estar bem explicadas ao longo deste arco da histĂłria. Bem-vindos Ă s Cidades Flutuantes numa Ă©poca em que Nivaria ainda nĂŁo tinha caĂ­do no VĂłrtex. Vai ser uma jornada interessante. 


PARA TUDO! Agora que você já leu o prólogo, não esquece de entrar no nosso grupinho no Telegram, que está aberto a partir de hoje! Limpei todos os portais do Vórtex pra deixar o caminho livre pra você. Garanto que não teremos acidentes com Fronteiriços por aqui. Quando eu falhei em ser um bom anfitrião?

O capítulo 25 chega no dia 20/09. Fiquem de olho nas minhas redes para acompanhar a divulgação oficial de abertura da temporada e a comemoração do meu aniversário, que acontecerá na última semana de agosto, com direito a gincana e mimos!

Até logo!

Ei, vizinho! NĂŁo esquece de me acompanhar nas outras redes! đź’«

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