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💫 Pontes Imortais ― Prólogo: Temporada 2
Aqueles que desafiam os Imortais
Sejam muitĂssimo bem-vindos ao mĂŞs do Bunny, vortexianos! Estamos na temporada 2024 do calendário de vocĂŞs, que vem acompanhada da temporada 2 de Pontes Imortais! É com extrema satisfação que apresento a vocĂŞs esse HINO de capa da nova temporada, com ilustração da nossa querida Robin Toledo, a maga das capas perfeitas!
E agora que vocês já conhecem nossa capa da temporada, declaro aberta a temporada 2! Pra ela, vamos precisar voltar um pouco no tempo. Segura minha patinha que eu prometo que não te solto por nada. Vou te levar bem pro meio do ninho de cobras.
Prólogo: Temporada 2 — Aqueles que desafiam os Imortais
Farkas, dois anos antes da queda de Nivaria
É uma verdade universalmente reconhecida que os melhores diplomatas são legitimados por duas coisas: sua influência sobre as pessoas e seu poder sobre os ponteiros do relógio.
Kuà tinha bastante orgulho de dominar com maestria as duas artes; mas a segunda, precisava admitir para si mesmo, era uma pequena trapaça.
O relĂłgio de bolso preso entre os dedos pálidos era mais uma das relĂquias acumuladas com o tempo. A maioria, KuĂ guardava em seus aposentos na tenda de sua Ă“pera mágica. NĂŁo aquele. Tivera trabalho demais roubando-o da MĂŁe para deixá-lo escondido em uma gaveta qualquer.
O relĂłgio era especial. E coisas especiais, KuĂ sempre fazia questĂŁo de guardar bem debaixo do prĂłprio nariz.
— Senhor Instrutor! — A voz de Ravi retumbou pelo corredor do Hall, anunciando-lhe a chegada antes mesmo que sua silhueta pudesse ser vista à distância. O lobo velho ainda tinha um bom faro. — Sempre pontual.
— Sempre na hora certa, como um reloginho, querido. Não se esqueça! — Kuà respondeu, escondendo uma risada contra a mão.
— Para compensar a dor de cabeça que a maioria dos outros lĂderes costuma me dar — o farkasiano resmungou, agora perto o bastante para abarcar KuĂ em um abraço.
— E Ă© por isso que eu sou um diplomata, meu bem. NĂŁo um lĂder.
A risada de Ravi explodiu atĂ© a entrada do Hall, alardeando o pequeno grupo de discĂpulos que fazia a segurança do portĂŁo. Os lobos, espalhados pelo pátio de entrada, ergueram as cabeças em uma análise silenciosa atĂ© se decidirem que era um som pacĂfico, nĂŁo uma ordem de ataque.
— Diga que trouxe de novo aquela bebida deliciosa da sua terra e garanto que faço de vocĂŞ um lĂder se desejar, meu amigo.
— Manter minhas amizades é algo em que sou profissional — Kuà garantiu, com um breve sorriso e um gesto indicando a polpuda mala às suas costas. — É claro que trouxe rum vulcânico. Que tipo de diplomata eu seria se falhasse em presenteá-lo? Por favor, me convide para entrar. Estou ansioso para compartilhar uma bebida!
Ravi nĂŁo demorou em atender aquele pedido. Espantou com um gesto os discĂpulos que tinham feito menção de segui-los. Gostava da importância que aquela intimidade com KuĂ acabava lhe dando.
— O salão de reuniões foi reformado recentemente — Ravi contou, atravessando o pátio principal. Seus passos eram gigantescos e Kuà quase precisou acompanhá-lo com uma corridinha. — Uma beleza, apesar do transtorno que os aruvianos me causaram para conseguir um pedaço de madeira decente. Quando a Ópera vai convencer aquela gente a ser mais receptiva, meu amigo?
— Um passo de cada vez, querido — Kuà cantarolou, envolvendo as mãos no braço de Ravi para gentilmente forçá-lo a andar no seu ritmo. — Diga, como batizou seu novo espaço?
— Salão da Grande Mesa — Ravi entoou, orgulhoso.
Realmente era uma mesa grande, KuĂ percebeu. Ocupava o salĂŁo de uma ponta a outra, feita com madeira-sangue: rara em Aruvi, e ainda mais rara fora dela. Silhuetas de lobos tinham sido entalhadas no tampo e tudo tinha aquele cheiro possante que sĂł as coisas novas sĂŁo capazes de ter.
— Ah, querido. TĂŁo intuitivo. O tipo de nome que eu esperava ser dado por um lĂder como vocĂŞ.
Os copos de bebida eram tĂŁo opulentos quanto a mesa, feitos de vidro grosso com o brasĂŁo da famĂlia Farkas ocupando uma das laterais. Ravi serviu ele mesmo as duas doses de bebida em meio a sorrisos pelo que julgou um elogio. Já terminava de servir quando KuĂ voltou a falar.
— E seu garoto, meu bem? Seguindo de perto os passos do pai, imagino.
— Pff — bufou Ravi, fechando a garrafa com força desnecessária. — Hoje acompanhando a mãe numa visita à cidade em vez de receber um diplomata de renome. Parece que tudo que aquele moleque se atenta é o som da música vindo de alguma birosca. Sempre metido no meio da bagunça. Não sei dizer a quem puxou a indisciplina.
— Certamente não da mãe banjoriana.
Apoiando o rosto contra a mão, Kuà apreciou em silêncio o espetáculo da careta de Ravi. Banjora era, afinal, a razão por que tinha sido chamado ali.
— A situação é tão ruim quanto sua mensagem fez parecer, Ravi? Não tive tempo de verificar com meus próprios olhos antes de vir para cá.
— Você sabe que os Imortais têm uma maneira especial de nos lembrar dos nossos erros.
O corpo de Ravi caiu pesado sobre a cadeira. O gole que deu na bebida foi mais raiva que prazer, e o rum vulcânico serviu apenas para alimentar o fogo de sua ira.
— E falando em erros… — Kuà saboreou a palavra, a situação em Banjora sendo deixada para trás como se engolida junto com a bebida. Era assunto para depois. — Soube que os Domadores de Fronteiriços têm uma nova tecnologia para atrair coisas do vórtex?
Os Domadores de Fronteiriços, Ravi pensou e franziu o nariz. Havia pouca coisa sobre os métodos de caça nivarianos que o agradasse. E agora, esse mesmo povo inventava formas de puxar bichos do vórtex com sua preciosa tecnologia?
— Farkas tem sua força, a influência sobre as outras Cidades, bons contatos diplomáticos e acordos pela magia dos demais povos — Ravi enumerou, erguendo um por um os grossos dedos. — Esse papo de tecnologia de caça de nada me interessa.
— E as consequĂŞncias dela — as irĂs de KuĂ ficaram mais estreitinhas, o sorriso se erguendo, ferino — te interessam?
Que problema foi esse em Banjora? E de que forma a tecnologia de caça nivariana pode ser interessante para o LĂder Farkas? Todas respostas complexas que nĂŁo posso prometer pra hoje, mas que vĂŁo estar bem explicadas ao longo deste arco da histĂłria. Bem-vindos Ă s Cidades Flutuantes numa Ă©poca em que Nivaria ainda nĂŁo tinha caĂdo no VĂłrtex. Vai ser uma jornada interessante.
PARA TUDO! Agora que você já leu o prólogo, não esquece de entrar no nosso grupinho no Telegram, que está aberto a partir de hoje! Limpei todos os portais do Vórtex pra deixar o caminho livre pra você. Garanto que não teremos acidentes com Fronteiriços por aqui. Quando eu falhei em ser um bom anfitrião?
O capĂtulo 25 chega no dia 20/09. Fiquem de olho nas minhas redes para acompanhar a divulgação oficial de abertura da temporada e a comemoração do meu aniversário, que acontecerá na Ăşltima semana de agosto, com direito a gincana e mimos!
Até logo!
Ei, vizinho! NĂŁo esquece de me acompanhar nas outras redes! đź’«
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